segunda-feira, 29 de março de 2010



Às vezes eu me deparo com o escuro, sinto um arrepio, me abraço e começo a chorar. Às vezes eu falo sozinha, eu dou risada fora de hora, eu falo demais, sou ignorantes demais e chata também. Às vezes tudo que eu queria era fechar os olhos e não imaginar nada, apenas fechar os olhos. Às vezes eu queria sair por ai, vagando pelas ruas sem saber pra onde ir. Às vezes eu só queria me perder, esquecer quem eu sou começar a viver de um novo jeito. Às vezes tudo o que eu queria era deixar as coisas passarem. Às vezes eu só queria que o tempo fosse só o tempo e ser um dia de cada vez, com novas expectativas. Eu só queria que eu fosse alguém normal, com dias normais, com amores normais, com uma vida normal. Às vezes eu só queria ser aquela que eu penso ser; e mostrar aos meus problemas que eu tenho um Deus maior que eles, e dizer a minha dor que ela é tão fútil que já não é nada mais dentro de mim. Eu só queria abrir os olhos e ver refletindo no espelho um rosto feliz.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Algumas vezes é necessário deixar o que sentimos de lado, para dar mais importância ao que se passa de verdade. A realidade é dura, mas a frustração depois da descoberta, é pior ainda. E quando dói e você tem que sorrir? E quando você só pode chorar escondido por medo de parecer fraca aos olhos dos outros? E quando você toma uma decisão sabendo que talvez não fariam o mesmo por você? E quando você abre mão do seu mundo, pra viver por outra pessoa? As escolhas. Exatamente elas que fazem quem nós somos... Elas vão nos levar até onde queremos, e mesmo que demore, uma hora a brincadeira vira realidade, uma realidade cruel, que te tapa os olhos e faz seu coração bater mais devagar, quase sem sinal de vida, mas você ainda está ali, respirando por ele.